A presente oficina tem como objetivo trabalhar o gênero debate e o uso da argumentação por parte de estudantes na aula de ELE. Dessa forma, a ideia é trazer um evento histórico que ainda tem efeitos sobre a sociedade argentina para que os alunos tomem contato com essa fase da história desse país, possam exprimir suas ideias sobre o assunto e debater a partir de diferentes pontos de vista.
Trabalharemos sobre o contexto histórico das consequências da repressão da última ditadura (1976-1983). Especificamente, abordareos a denominada extração compulsória de sangue para estudos de DNA por parte de filhos de desaparecidos. O último governo militar, além de ter torturado e assassinado milhares de pessoas, montou um plano para se apropriar dos filhos de desaparecidos. Estes podiam ser entregues a militares ou a pessoas de confiança do regime. Com a chegada de democracia em 1983 começam a ser denunciados casos desse tipo. O cálculo é que teriam existido aproximadamente 500 bebês nessa condição, e foram recuperados pouco mais de 100 até hoje. Quando um caso desses chega às mãos da Justiça, geralmente o que se faz é o denominado exame de DNA para saber se a pessoa é filha de desaparecidos ou não. O problema que tem se apresentado diversas vezes é a pessoa não querer fazer a prova. O que se pode fazer nesses casos? Com esse dilema se deparou a justiça argentina a partir de 1984.
A oficina pretende abordar esse assunto para que os alunos possam debater e argumentar sobre um tema sensível que pode ser analisado por diversas perspectivas, tal como o fez a Corte Suprema argentina. A oficina terá a seguinte estrutura: primeiro será referido pelo professor um resumo do contexto histórico-político abrangendo resumidamente a queda do peronismo em 1955 e suas consequências. Depois passaremos a detalhar como se chegou ao golpe de estado de 1976 na Argentina, qual era a operatória da repressão e o que acontece durante a democracia. Nesse último período serão abordados tanto o contexto político quanto o jurídico, que será aquele com o qual trabalharão os participantes. Após esta apresentação do tema (de 35 a 45 minutos) passaremos à segunda parte do trabalho. Nesta, os assistentes se dividirão em duplas para refletir sobre o tema da extração compulsória do DNA em termos gerais. Serão fornecidos alguns dados sobre o assunto para que possam opinar sobre ele de um ponto de vista pessoal. Depois as duplas se juntarão com outra para dar sua opinião para todos, com a ideia de estabelecer um breve debate. Após isso trabalharemos com um artigo sobre o assunto e extratos da sentença que decidiu sobre essa situação. A partir desse ponto, a ideia é que os participantes opinem sobre a resolução do caso, se concordam ou não, e os motivos.
Nossa proposta parte da importância de abordar conteúdos socioculturais e com eles realizar atividades na aula de ELE, conforme as obras Profesor en acción 1 e Profesor en acción 2 de Ernesto Martín Pires e outros. Como explicado acima, o material a ser utilizado será o seguinte: um artigo do jornal La Nación de Buenos Aires e extratos da sentença da Corte Suprema de Justicia de la Nación no caso Prieto Gualtieri.
El objetivo de este taller es desarrollar una secuencia didáctica a partir de un material audiovisual. Presentaremos actividades de previsionado, visionado y posvisionado. En las primeras actividades, previsionado y visionado, trataremos de discutir los temas presentes en la película argentina Un cuento chino (2011). En el posvisionado propondremos algunas actividades de lectura y escritura. El trabajo desarrollado durante el taller pretende ampliar la discusión sobre los temas de la película, así como las actividades propuestas. De esta manera, acogeremos los aportes de los participantes para que podamos formular nuevas actividades.
La producción de materiales abarca, de acuerdo con Vilson Leffa (2003), una secuencia de actividades que se relacionan en distintos momentos: análisis, desarrollo empleo y evaluación. Por lo tanto, cabe al profesor reflexionar sobre el material que le va a ofrecer al alumno, considerando sus necesidades, el aprendizaje de un contenido específico y el aporte a su formación global.
En este sentido, los documentos direccionados a la elaboración de materiales didácticos (PNLD, 2007) presentan orientaciones y señalan el papel educativo de las lenguas extranjeras. Las propuestas didácticas (PCN-EM, 2000) valoran el aprendizaje de la lengua extranjera como parte de un proceso de formación humana del aprendiz, preparándolo para actuar en la sociedad. De esta forma, se busca alcanzar: “o aprimoramento do educando como ser humano, sua formação ética, desenvolvimento de sua autonomia intelectual e de seu pensamento crítico (…).”. (artigo 35 da LDB, 1996)
Para ampliar la visión de mundo de los alumnos en las clases de ELE y prepararlos para el mercado laboral, es importante ofrecerles diversos instrumentos que proporcionen el aprendizaje de la lengua y la comprensión de los contextos en que se producen. Los materiales audiovisuales nos brindan la posibilidad de conocer y analizar, además de la lengua, los espacios urbanos, los paisajes y otros elementos pertenecientes al campo audiovisual.
El trabajo con los textos audiovisuales debe desarrollarse desde una perspectiva crítica, ampliando la comprensión lingüística del alumno y poniendo a punto temas social y culturalmente relevantes. Es imprescindible que el profesor discuta los temas presentes en estos materiales de forma contextualizada, posicionándose de forma ética y repetando la alteridad.
Sabemos que cada texto tiene su especificidad. Al analizar una película debemos llevar en cuenta algunos elementos típicos de ese género audiovisual como la construcción de los personajes, el guión, la fotografía, la banda sonora, etc. A lo que nos concierne, daremos enfoque al análisis de los personajes con la finalidad de desconstruir los estereotipos que se formulan a partir de su caracterización.
Sin embargo, hay que considerar que el texto audiovisual está construido a través de la mirada de los autores que lo produjeron. Es cierto que los personajes son construidos muchas veces con vistas a exagerar un determinado tipo, pero esta presunta exageración proporciona al espectador una visión que sobrepasa la realidad ficcional. A partir del trabajo con la película Un cuento chino (2011), esperamos que el alumno logre construir una nueva visión de mundo y reconstruir su propio discurso, reflexionando críticamente sobre las sociedades actuales.
Como materiales de trabajo utilizaremos en el taller: proyector para las diapositivas y ponencia de tramos de la película y fotocopias con las orientaciones de previsionado, visionado y los ejercicios propuestos de posvisionado.
Esta oficina tem como objetivo apresentar e discutir sobre alguns dos recursos disponíveis na Plataforma Moodle, ambiente virtual de aprendizagem que tem sido amplamente utilizado em diferentes contextos educacionais. Na primeira parte da oficina, refletiremos sobre o lugar das Tecnologias da Comunicação e Informação (TICs) no ensino de línguas, ressaltando que seu uso tem permitido criar espaços, comunidades e redes de interação que proporcionam o uso real da língua meta. Apoiados em Braga (2013), Masetto (2012), Almeida (2006) e Valente e Silva (2006), realizaremos também uma descrição da plataforma e apresentaremos exemplos de atividades e projetos que têm sido desenvolvidos na área de espanhol da FFLCH-USP, com o uso do Moodle. Na segunda parte da oficina, por meio de exercícios práticos, os participantes poderão conhecer algumas das ferramentas e recursos disponíveis na plataforma, tais como o fórum, chat, diálogo, wiki, tarefa e questionário. Por meio do acesso direto a um ambiente virtual especialmente criado para a oficina, simularemos algumas práticas que podem ser propiciadas para o ensino de espanhol e discutiremos de que forma as ferramentas podem atender aos objetivos a que se propõem. Para concluir, discutiremos sobre o potencial de interatividade e mediação das ferramentas utilizadas. A reflexão será conduzida em uma perspectiva crítica, a fim de propiciar espaço para que os participantes avaliem não só as possibilidades que a plataforma oferece para diferentes modalidades de ensino (a distância e presencial), mas também suas limitações. Desse modo, a oficina constituirá um espaço para a familiarização dos participantes com alguns usos básicos da plataforma e para a sua reflexão sobre o lugar que ela pode ocupar em sua prática docente, considerando o seu contexto específico de atuação.
Aprender outro idioma é uma atividade complexa que percorre um longo processo. Afinal saber como a linguagem funciona, entendê-la, escrevê-la e comunicar-se com precisão não é uma tarefa simples. Por isso ensinar uma língua estrangeira é antes de tudo reconhecer a necessidade do grupo com o qual se trabalha e identificar seu interesse.
Nos últimos dois séculos novas tecnologias, principalmente as ligadas à área de comunicação como o rádio, a televisão, o jornal e a internet, propiciaram o surgimento de novos gêneros textuais e o interesse, por parte dos educadores, em utilizar esses recursos em sala de aula. Por isso é importante reconhecer que os textos se manifestam sempre em algum gênero textual e que isso interfere diretamente na produção e compreensão dos mesmos. Percebeu-se que quando se leva para sala de aula uma proposta de ensino, baseada na didática dos gêneros textuais, considerando as diversas esferas da atividade humana, o ensino não se desvincula das práticas sociais de uso da linguagem e prende a atenção do aluno, funcionando como elemento motivador nesse processo.
Acredita-se ainda que, no ensino de língua estrangeira, seja interessante apresentar atividades que associem conhecimentos de cunho morfológico ou sintático, não desconsiderando a interpretação de sentidos, que permitem aos alunos conhecerem diferentes gêneros. Assim, a compreensão da língua em seus múltiplos contextos aconteceria mais naturalmente, pois trabalharia com situações reais de comunicação, através de materiais autênticos.
Por isso, esta oficina tem como objetivo trazer sugestões de atividades para as aulas de Espanhol, usando comerciais de televisão, como forma de apresentar a língua-alvo de maneira contextualizada e não fragmentada pela gramática. Isto não quer dizer que a gramática não seja importante, mas que precisa estar integrada às questões culturais que envolvem a língua estrangeira.
A escolha por comerciais de televisão nas aulas de Espanhol ocorreu por três fatores predominantes. O primeiro é a questão cultural vinculada à gramática que possibilita um aprendizado integral. O segundo está ligado diretamente ao interesse do aluno, uma vez que os comerciais, utilizando-se da famosa “linguagem publicitária”, tem o “poder” de prender a atenção do consumidor, que neste caso não é um consumidor convencional, mas sim o aluno. E por último, e não menos importante, é o fator tempo, pois as propagandas são exibidas em aproximadamente sessenta segundos, o que não compromete o andamento da aula e não cansa o aluno, pelo contrário, estimula a sua curiosidade, funcionando como elemento motivador no processo de aprendizagem da língua estrangeira.
A oficina tem como pressuposto teórico as considerações de Marcuschi (2003) a respeito de gêneros textuais; Almeida Filho (1995) sobre o ensino de línguas incluindo a dimensão cultural; MIQUEL & SANS (1997) abordando o ensino de línguas desde uma perspectiva comunicativa e Zabala (1998) sobre a importância da sequência didática.
A metodologia adotada para melhor aproveitar o tempo da oficina será:
1. Leve embasamento teórico;
2. Apresentação de sugestões de atividades com os comerciais;
3. Produção de atividades para aula de Espanhol com comerciais de TV.